Tsu Matsubara
Lançar os passarinhos nos porquinhos vai ficar ainda mais divertido porque agora vai ter multiplayer.
Finalmente Angry Birds para consoles. A Activision anunciou hoje que no dia 29 de outubro vai lançar Angry Birds Star Wars para Xbox 360, PlayStation 3, Wii, Wii U, PlayStation Vita e 3DS.
Lançar os passarinhos nos porquinhos vai ficar ainda mais divertido porque agora vai ter multiplayer.
Dois jogadores podem se unir para derrubar as barreiras e até quatro jogadores podem competir entre si nesse Angry Birds.
Adorava jogar no iPad ou no celular, mas com o tempo foi enchendo porque parecia a mesma coisa com cenários diferentes. Sentia falta de uma competição que não fosse comigo mesma e ficava perguntando para quem jogava em qual nível estavam. Aos poucos todo mundo foi enjoando, diminuindo até parar totalmente de jogar. Parei também.
Uma vez entrei numa Fast Shop porque vi uma tela enorme da Samsung com os passarinhos vermelhos (deu saudades). Tinha um menino acenando na frente da TV tentando usar o comando de movimentos para jogar. Sacodia a mão para a direita, para a esquerda, saltava com os braços levantados, ficava de lado, jogava o corpo todo com os braços e nada. Só dava para escutar as risadinhas desaforadas dos porquinhos e o passarinho lá, preso no estilingue.
A mãe do garoto estava de braços cruzados do lado da tela com cara de não aguento mais. Eu também não aguentava mais. Por fora estava com cara de "olha que gracinha" e por dentro estava gritando "meninoooo sai daí que eu quero jogar!"
Por fim a mãe puxou o menino pela camiseta e coloquei meu filho na frente da tela. Não sei se o sensor de movimento não detectava crianças ou se o aparelho estava com defeito, mas meu filho também ficou cansado de tanto mexer os braços que desistiu. Queria sair da loja, mas agora quem não ia sair de lá sem tentar era eu.
Entrei na frente da TV e mexi o corpo para me preparar. Com a maior pose comecei a mexer o braço para a esquerda. O estilingue foi para trás. Olhei para o meu filho com cara de esperta. Disse para ele: é assim, viu? Estiquei bem o braço e soltei. Estava certa de que os vidros iam quebrar, as madeiras iam rachar e os porquinhos iam rolar, mas eis que o estilingue ficou mole e o passarinho caiu soltando uma solitária pena no chão.
Meu filho virou os olhos e virou as costas. Olhei para o lado e tinha dois garotos esperando a vez. Saí da frente da tela e disse com voz de autoridade: acho que o sensor está quebrado.
Antes de sair da loja olhei para trás e vi que um dos meninos tinha acabado de lançar o passarinho vermelho e derrubado umas barreiras.
A conclusão a que cheguei é que não sou imune ao vício de games. Passar esse mico gigantesco foi mais do que prova e me prometi que isso não ia acontecer de novo. Angry Birds já era. Foi se a época, coisa do passado.
Então vem essa notícia. Cliquei no link sem pensar duas vezes e já me imaginei na frente do PlayStation arremessando passarinhos vermelhos, azuis, amarelos, brancos, derrubando porquinhos com capacete, causando hematomas...
A idéia de poder jogar com meu filho em tela grande já me fisgou. Jogar com ele, sem ele, com outros, enfim, jogar.
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