As empresas estão tomando mais cuidado com os comerciais, logos e lemas para não serem processados. Veja a Abercrombie & Finch que precisou tirar um outdoor porque só tinha modelos bonitos, os comediantes standup que tiveram apresentações canceladas por causa de piadas de português, obesos, homossexuais e assim a lista cresce. A indústria dos jogos eletrônicos ainda não sente os reflexos jurídicos como os outros setores, mas isso está mais próximo do que se imagina.
Separei 10 jogos que geram controvérsia por serem considerados politicamente incorretos.
1. Série GTA
Não é a violência que coloca o jogo nesta lista e sim as referências não tão sutis ao racismo, apologia ao comportamento criminoso, missogenia e por aí vai. Esta é a franquia que mais gera controvérsia, mas é a mais vendida do mundo. Há um tempo, um grupo de fãs fez um abaixo assinado para que a avaliadora da Gamespot Carolyn Petit fosse despedida por não ter dado nota 100 ao jogo e ainda tê-lo chamado de missógeno. Ela sofreu ataques pessoais por ser transexual e recebeu milhares de e-mails ofensivos.
2. Bully
O protagonista bate, intimida, abusa, depreda, desrepeita tudo dentro da escola. O jogo foi lançado em 2006 e a produtora está pensando em Bully 2 e acredita que não estará incentivando a prática já que o personagem principal não é o Bully. Embora não tenha sido removido das prateleiras, o co-fundador Dan Houser lamenta que não pôde fazer o marketing da estória de Jimmy Hopkins porque precisou se defender dos ataques da imprensa e de profissionais ligados à educação.
3. Dead Island
Uma das habilidades do personagem Purna era designada como Feminist Whore Purna (Feminista Prostituta, bem não é bem prostituta, mas dá para entender). Isso foi corrigido pela Deep Silver rapidamente que mudou o nome para Gender Wars.
4. Eternal Champions
Os amantes dos animais não devem nem chegar perto deste jogo. O jogador controla um Senador que além de ser corrupto, comete as maiores atrocidades contra a fauna.
5. Twisted Metal Black
A SANE da Austrália (associação beneficente destinada ao aprimoramento da qualidade de vida dos doentes mentais) pediu que o jogo fosse retirado das prateleiras da Austrália por causa dos termos derrogativos como freaks, fruitcakes, etc. A National Alliance também se juntou na petição, mas sem sucesso.
6. Thrill Kill
Este jogo é mais imoral do que politicamente incorreto, mas foi assim que foi chamado pelas associações e partidos políticos porque o jogo é como um filme pornô da pior qualidade. Há lutas onde as armas são as genitais masculinas e personagens que são esteriótipos dos artistas da indústria cinematográfica erótica (falei certo?).
7. Ethinic Cleansing
O nome já introduz o porquê deste jogo da Resistance Records ter sido considerado ofensivo. Nele, o tema principal é o racismo e a supremacia branca.
8. Postal II
Este jogo foi proibido em muitos países e encabeça quase todas as listas dos dez jogos mais violentos de todos os tempos. O jogador faz tudo que pode imaginar e mais como estupro, racismo, maus tratos aos animais e etc.
9. Resident Evil 5
Aqui a violência e a linguagem inapropriada não são os motivos da discussão. O problema é quem você mata no jogo que se passa na África e daí já dá para concluir porque é politicamente incorreto.
10. Medal of Honor
Neste jogo a controvérsia teve como objeto no mod do multiplayer no qual o jogador era membro do Taliban. Na verdade, o problema era mesmo com o nome porque depois que os produtores o substituíram por Opposing Force, a discussão acabou. Mesmo assim não pôde ser comercializado nas bases militares americanas por respeito às famílias afetadas pela guerra.
Ser politicamente correto hoje em dia é muito complicado, principalmente no setor de entretenimento. Assim como as comédias de humor negro e filmes violentos, os jogos vão sofrer mais e mais restrições. Mas, isso não é o fim do mundo porque como alguns da lista, basta trocar um nome ou um lugar.
Por Tsu Matsubara
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