Apesar de antigo (passou de seis meses já é velho), só fui testar Candy Crush na semana passada. Queria ver o porquê de ter sido jogado mais de 150 bilhões de vezes e ter sido o único jogo que ficou em primeiro lugar no iOS e no Facebook simultaneamente. Além disso, há uma variedade de pessoas de sexos, profissões e idades diferentes que acabaram "viciadas" no jogo, o que me levou a testar a minha própria vulnerabilidade. Viciei e descobri que há explicação para isso.
Gráficos
Quem não acha bonita uma mesa cheia de jujubas vermelhas, amarelas, roxas e verdes? O uso de cores vivas, design curvilíneo e personagens cartunizados de maneira simplificada nos atrai da mesma forma que não resistimos entrar na loja da M&Ms.
Segundo o designer da King (produtora sueca do aplicativo), Tommy Palm, todo mundo gosta de confeti. Não falo do doce não. É de jogar confeti mesmo. Quando você junta uma fileira de balinhas do mesmo tipo, elas explodem e uma cascata de balinhas desce na tela, muitas vezes trazendo mais combinações, mais explosões e mais colorido.
Jogabilidade
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Você vai abrindo as fases no seu ritmo. O maior nível que vi foi o 440. |
Funciona como um Tetris simplificado. Você junta três ou mais balinhas do mesmo tipo para eliminá-las da tela. Não tem aquele estresse das peças caírem cada vez mais rápido (embora alguns níveis sejam baseados no tempo) e você não é punido por errar. Em outras palavras, não é preciso ser formado em física quântica para passar as fases.
Premiação
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Muito bom de ver cada estrela acendendo |
Apesar de não parecer, jogar confeti nos jogadores é muito importante. O aplicativo similar da PopCap (Plants Vs. Zombies) chamado Bejeweled, também faz isso colocando palavras como perfect e awesome quando as combinações levam a pontuações mais altas. Em ambos os jogos, o elogio é verbalizado e confirmado visualmente.
Candy Crush também faz uso de estrelas como Angry Birds para classificar o resultado da fase. Abrir a próxima é bom, mas receber três estrelas é melhor ainda.
Gratuito
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Não é preciso uma dentadura para passar a fase |
Não adianta ser bom, precisa ser gratuito. Ninguém pensa duas vezes em baixar algo pelo qual não se paga. Mas, o que achei mais interessante é que você pode comprar balas especiais para te ajudar a passar as fases, se quiser. Repito: se quiser, porque tem muito jogo por aí que você só pode continuar se comprar a full version ou que te coloca em desvantagem se não adquirir determinada coisa na lojinha.
Sedução
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O jogo te avisa quanto tempo precisa para ganhar a próxima vida, às vezes é coisa de cinco minutos |
Segundo Palm, o fato ter apenas cinco vidas mantém o interesse do jogador. O que conta no faturamento das produtoras de aplicativos é o número de vezes e o tempo que a pessoa gasta jogando. Muitos jogos viciam, mas por tempo limitado. A proposta da King foi de garantir o "vício" do jogador para o longo termo.
Você pode pedir mais vidas pelo Facebook, comprar na loja ou esperar. Opções para os impacientes, ativos nas redes sociais e os que só jogam quando estão na sala de espera do médico.
Além disso, uma roleta sorteia doces especiais todos os dias. Você tem direito a um sorteio por dia, mas pode comprar mais um se quiser.
Desafios
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Para quebrar os blocos são necessárias várias combinações |
No começo pensei: é só isso? Mas cada fase tem desafios e dificuldades diferentes. As primeiras são tutoriais, mas depois você tem objetivos como deixar cair as frutas, acabar com a geléia e fazer determinado número de pontos em 60 segundos.
Mas, e as fases em que você fica encalhada? Fiquei atolada em uma por dois dias, mas aí você consegue e as seguintes não são tão difíceis, o que te dá a sensação de que demorou para avançar, mas que depois foi que foi.
Ouvi histórias de quem bateu o carro, se atrasou para compromissos e outras barbaridades em nome de Candy Crush. Estou longe de entrar nesse grau de vício, mas assim o jogo me avisa que ganhei mais cinco vidas estou lá deslizando as jujubas de um lado para outro, mesmo sabendo que isso não me leva a lugar algum.
Por Tsu Matsubara
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