20 de fev. de 2014

[XBOX ONE] RYSE: SON OF ROME - REVIEW



Pode-se dizer que Ryse: Son of Rome é o lançamento de maior destaque do Xbox One. Não por ser o melhor, mas por ser o primeiro a demonstrar as verdadeiras capacidades do console em diferentes aspectos, em especial gráficos. É um daqueles títulos que mostram o que só é possível com um console de nova geração. E está totalmente em português, incluindo dublagens.


Ryse, porém, tem sido alvo de críticas e polêmicas desde que foi anunciado. Os vídeos e impressões o tratavam como um "festival de QTEs". Os "QTEs", ou quick time events, são eventos dentro do jogo que exigem pressionar qualquer botão que vá impactar na cena. Este elemento de gameplay nasceu no clássico Shenmue (SEGA Dreamcast) e se popularizou em God of War (Sony). Logo, muitos chegaram à conclusão de que se tratava de um jogo de ação simples demais.




A violência é constante; tirem as crianças da sala!


Particularmente gosto muito da temática medieval e em especial do Império Romano e suas histórias e personagens, então isso já ajuda. Você controla Mario, um centurião que teve sua família assassinada por bárbaros - incluindo seu pai, o Imperador. Pensando serem estes os inimigos, partem em uma jornada para dizimá-los.


Bom, vamos lá. Primeiro: sim, o jogo é extremamente repetitivo. Mas isso depende do tipo de repetição que você pode aturar. Muitos adoram Dynasty Warriors, outros acham uma bomba. O jogo é linear e há pouco espaço para exploração. Você vai fazer isto se quiser encontrar itens secretos. De armas, há uma espada, escudo e lanças que podem ser encontradas em certas fases. Você tem dois tipos de ataques básicos: X para a espada e Y para o escudo. Combine-os para fazer combos. Alguns inimigos têm defesa superior, logo é necessário usar o Y para desarmá-los. Segurar os botões por alguns segundos resultam em ataques mais fortes, porém mais lentos e que o deixam vulnerável. Quando o inimigo fica mais fraco, surge um ícone de caveira. Desta forma, basta apertar RT para iniciar uma sequência em câmera lenta. É o famoso "QTE" que falamos logo acima. Neste momento, as cores azul ou amarelo brilham no inimigo. É só pressionar o botão correspondente (X para azul, Y para amarelo) para realizar uma sequência perfeita (e de encher os olhos). 



Gráficos incríveis e as melhores expressões faciais que você já viu

O problema é que isso é muito legal e impressionante no começo, mas pode cansar depois de 5 horas. Há alguns breves momentos de criatividade, tais como controlar todo um batalhão em marcha e usar escudos nos momentos certos para evitar ataques de flechas (como os espartanos faziam), ou invocar arqueiros e outras unidades de suporte usando a voz ao invés de pressionar algum botão. Isto, aliás, funcionou perfeitamente em todos os meus testes.

O destaque mesmo de Ryse são os gráficos, simplesmente soberbos. É um verdadeiro showcase do que o console é capaz - fica evidente que este era o objetivo principal. As animações faciais estão entre as melhores já feitas, em especial quando você vê a expressão de um oponente prestes a ser aniquilado. Quer demonstrar algo "next-gen" para alguém? Aqui está.

Ryse ainda dispõe de um modo multiplayer simples, mas que diverte. Isso porque existem missões cooperativas, além das competitivas, e uma customização interessante do personagem, que neste caso é um gladiador genérico. No próximo dia 28, aliás, o jogo receberá uma grande atualização que trará novos mapas, aparência de personagem e o modo "Survival".







Por fim, Ryse: Son of Rome está longe de ser um clássico instantâneo, mas tem muito potencial. Espero que a Microsoft enxergue isto para uma futura sequência e realize feitos ainda não possíveis nesta primeira aventura.


Por  Rodrigo Russano Dias


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