Indie games são jogos de produtoras independentes, ou seja, com baixo orçamento e equipe reduzida. O conceito, porém, não é tão claro assim como era antigamente. Hoje, muitas delas fazem contratos com grandes produtoras para jogos específicos como Journey da Thatgamecompany e a Sony, o que acaba por tirá-los desta categoria. Outros foram adquiridos e modificados por grandes empresas como é o caso de Minecraft.
Os jogos independentes ganharam espaço no mercado no fim da década de 90 e tiveram seu ápice nos primeiros anos de 2000. Com o avanço da tecnologia e a facilitação por plataformas como a Steam, destacar-se ficou cada vez mais difícil. Há concursos como os promovidos pela Ludum Dare que dão oportunidades aos que tentam se sobressair (e têm sucesso) como Nicolas Cannasse que criou Evoland. Outros tentam a sorte apostando na qualidade e diferencial do jogo como fizeram os irmãos San Filippo da Flippfly, produtora de Race the Sun.
Embora não tenham o suporte das grandes produtoras, não deixam de ser bons. Separei uma lista de 10 (não necessariamente nesta ordem) jogos indie para todos os gostos.
1. Braid
Este jogo foi desenvolvido pela Number None em 2009 e recebeu notas 93/100 da Metacritic e 10/10 da Eurogamer. Trata-se de um jogo de plataforma na qual o protagonista principal (Tim) precisa salvar uma princesa de um monstro manipulando o tempo por meio de quebra-cabeças. Todo pintado à mão, diferencia-se de outros jogos do gênero pela quantidade e qualidade dos problemas a serem solucionados. Por exemplo, o jogador pode voltar e desfazer suas ações, o tempo é controlado pelos movimentos ou corre ao contrário. Disponível para Xbox 360, Windows, OS X, Linux, PlayStation 3 e Cloud (OnLive).
2. Minecraft
Ganhou lugar de honra no MOMA pelo design interativo. Desenvolvido pela Mojang (empresa sueca), vem em dois modes: criativo e sobrevivência. O que o projetou no mercado foi a infinidade de coisas que podem ser feitas, desde a confecção de itens misturando elementos da natureza até a construção de prédios monumentais e cenários criativos. Vendeu mais de 6 milhões de cópias e a cada atualização, o jogador descobre coisas novas como o cruzamento de animais, criação de mecanismos para montanhas russas e fontes. Disponível para PC (Windows e Mac) e IOS e Android (Edição Pocket).
3. Fez
Para os saudosistas da era 16 bit, Fez deve agradar. Foi desenvolvido pela Polytron em 2012 e sua simplicidade remete aos tempos em que os movimentos se resumiam a andar, correr e pular. O final da primeira missão acaba em uma pegadinha até que original. Seu objetivo é encontrar blocos para completar uma figura e decifrar um código. Disponível para Xbox 360, PC (Windows, OS X, Linux) e PlayStation Network.
4. Gunpoint
A idéia deste jogo 2D é hackear, se esconder e solucionar problemas para roubar informações e tecnologia. O jogador precisa reconectar e ligar sistemas eletrônicos como alarmes e câmeras de segurança utilizando o Crosslink mode que permite enxergar as instalações elétricas do prédio. Cada alteração que o jogador faz nos circuitos vai resultar em algo diferente. Desenvolvido pela Suspicious Developments, foi lançado em junho deste ano para Windows.
5. Bastion
A Supergiant Games é uma produtora americana que começou na sala de estar de um dos membros da equipe. O enredo deste video game, lançado em 2011, gira em torno do bem e do mal, do certo e do errado e todas as nuances entre eles. A estória é narrada durante todo o jogo e os gráficos deste RPG ganharam prêmios do Machinima, Time e USA Today. Desenvolvido para Xbox 360, PC (Windows, Linux, OS X e Chrome), iPad e iPhone.
6. Race the Sun
A idéia deste jogo minimalista é controlar um avião solar atingindo pontos e níveis antes do sol se pôr. A Flippfly quis fazer um game com missões de dificuldades e percursos diferentes para atingir um público maior. A versão multiplayer online é bem diferente, no mode cooperativo um jogador inicia o percurso que pode ser continuado por outros compartilhando o link no Facebook. Disponível para PC (Windos, OS X e Linux).
7. Trine 2
Este é um vídeogame em forma de fábula da Frozenbyte lançado em 2012. O jogador escolhe entre três personagens, o mago, o cavaleiro e a ladra, cada qual com uma habilidade (também tem multiplayer). As missões são dadas pelo narrador como se fossem partes de um conto de fadas. Não se sabe o que vai acontecer em seguida e o objetivo é justamente descobrir o final da estória. O cenário 2D é artístico e combinado com a trilha sonora e a narração, resuta em um jogo bonito e divertido. Disponível para PC (Windows, OS X e Linux), PlayStation Network, Xbox Live Arcade e Wii U eShop.
8. Limbo
A Playdead é uma produtora indie dinamarquesa que recebeu 90 prêmios, entre os quais de melhor jogo indie (Kotaku) e melhor jogo de horror (IGN). Foi lançado em julho de 2010 e recentemente ganhou a versão para iPad, iPhone e iTouch. Seu personagem se encontra em uma floresta monocromática e precisa encontrar a irmã (por que sempre tem que ser a irmã?) e fugir, resolvendo quebra-cabeças na base da tentativa e erro. Os cenários são sombrios e o jogador vai morrer de maneiras bem grotescas. Disponível para PlayStation 3, Xbox 360, PC (Windows e OS X), PlayStation Vita, iPad, iPhone e iTouch.
9. Rogue Legacy
A Cellar Door Games desenvolveu este jogo do gênero rogue, que é um tipo de RPG que se passa em labirintos e no qual o personagem que morre sai permanentemente do jogo. Em Rogue Legacy o dungeon é randomizado, o que siguinifica dizer que inimigos e obstáculos não estarão no mesmo lugar. Isso eleva o grau de dificuldade e por isso agrada aos gamers. A escolha do personagem seguinte é feita entre os herdeiros, cada qual com suas habilidades. O diferente do jogo é que esses descendentes virão com características genéticas diferentes que variam do daltônico (dificulta a visão de certas armadilhas) ao insensível à dor que não tem a barra de saúde. Rogue Legacy foi lançado este ano e está disponível para PC (Windows, OS X e Linux), PlayStation 3, PlayStation Vita e PlayStation 4.
10. FTL: Faster than Light
Do tipo top down (visualização de cima para baixo) e RTS (sigla em inglês para estratégia em tempo real), este jogo da Subset Games foi lançado em setembro de 2012. Nele o jogador controla uma equipe de uma nave espacial com o objetivo de levar informações vitais para a Federação. Para isso vai precisar atacar, defender e negociar em uma rede de setores randomizada no estilo rogue. Disponível para PC (Windows, OS X e Linux).
Por Tsu Matsubara
0 comentários:
Postar um comentário