20 de nov. de 2013

THE ORIGINALS É UMA ÓTIMA SÉRIE, MESMO SENDO DE VAMPIROS



Tem gente que odeia vampiros e tem gente que ama vampiros. Quem odeia acha ridícula a idéia de uma criatura imortal que vive do sangue dos outros. Não sei porquê. Pessoalmente conheço um ou dois que vivem sugando os outros e que mesmo que a gente torça, não morrem de jeito algum. Outros amam tanto os vampiros que implicam com as versões modernas que passam na TV. Também não sei porquê. Qual o problema de vampiro andar de moto ou ter uma namorada humana? E tem aqueles que só querem um programa legal para assistir, não importa do que seja, desde que seja bom. Este post é para todos porque The Originals é muito mais do que uma série de vampiros. 

Embora seja um spinoff de The Vampire Diaries, é madura e intensa. Não trata de vampiros de 200 anos disputando o amor de uma garota de 17 e sim das fundações que sustentam a família, o dilema de ter que escolher entre o poder e a amizade, a dificuldade de mudar e, claro, o amor. 

Da esquerda para a direita: Elijah, Hayley, Marcel, Klaus e Rebekah

Os Originals foram os primeiros vampiros criados, deles vieram todos os outros. Os irmãos Klaus, Elijah e Rebekah têm mil anos e são descendentes dos Vikings que vão parar em Nova Orleans duzentos anos antes dos eventos da série. New Orleans tem um lado místico e sombrio que é uma das suas principais atrações turísticas, é onde vale tudo, vudu, bruxaria, o sobrenatural. A fotografia é belíssima, do French Quarter aos pântanos e florestas da maravilhosa Luisiana. 

O French Quarter é ainda mais bonito à noite

O protagonista principal é um híbrido de vampiro com lobisomem. Para você que já está virando os olhos, saiba que isso é mais uma metáfora do que outra coisa. Klaus é filho bastardo, por isso tem uma relação complicada com os irmãos. Não pertence à comunidade dos vampiros e nem à matilha, restando-lhe apenas o papel de ovelha negra. Por trás do plano maquiavélico de criar mais híbridos para formar um exército e se tornar a criatura mais poderosa do mundo, no fundo só deseja acabar com a solidão. 

Vampiros também afogam suas mágoas no bar

Joseph Morgan interpreta Klaus com perfeição, consegue passar da raiva à tristeza em dois segundos enquanto recita um poema que lê de um dos livros antigos de sua invejável biblioteca. Daniel Gillies é Elijah, o irmão mais velho e mais elegante que sempre cumpre suas promessas e quer manter a família unida. Claire Holt faz o papel de Rebekah, a irmã mais nova, impulsiva e temperamental para quem acaba sobrando o pior. 



E tem também Hayley (Phoebe Tonkin) que é uma mulher-loba que está gravida de Klaus. Ok, essa é um pouco demais, mas a idéia de um vampiro impiedoso e violento precisar lidar com a impossível missão de manter a egocentria com um bebê no forno, carrega uma certa poesia. O importante é manter a mente aberta. 

As lobas também usam a internet

Acho que The Originals tem qualidades que não encontramos em muitas séries de TV. Em primeiro lugar o elenco, que até o ano passado era desconhecido e por isso (ou apesar disso) prova que não só de carinhas bonitas vivem as séries. Se bem que dá para olhar duas vezes para todos. Em segundo, o roteiro. Ao contrário da maioria, a qualidade dos diálogos surpreende e agrada. Em terceiro, o enredo. Tirando o fantástico e o impossível, os conflitos são bem realistas. Por último, a fotografia e a trilha sonora que juntas te levam às lágrimas. 

Elijah no meio da igreja com um coração humano em cada mão. Vai dizer que não é uma bela cena

Quando comecei a assistir, achei que não fosse passar do terceiro episódio, que me faz decidir se vou ou não continuar acompanhando a série. Para a minha surpresa, descobri que The Originals é um drama violento que usa o sobrenatural como ilustração para tratar de dilemas que todos vivenciamos. 

Por  Sofia Pietro


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