27 de fev. de 2014

A HISTÓRIA DO DIRETOR DE A VIAGEM DE CHIHIRO




Hayao Miyazaki é uma das figuras mais importantes do mangá japonês. Além de diretor, animador, artista, mangá-ka, é designer do Studio Ghibli (clique aqui para saber mais). Pelo menos até o ano passado quando se aposentou depois de 50 anos de profissão. 


Toshio Suzuki (produtor) e Hayao Miyazaki

Em 2002, ganhou projeção internacional quando recebeu o Oscar por A Viagem de Chihiro. Em entrevista para o lançamento de seu último filme, "The Wind Rises" (Kazetachinu), fala um pouco da sua trajetória. 





Ao longo dos anos, Miyazaki tentou se aposentar diversas vezes e quando perguntado se desta vez seria para valer, respondeu: “Para fazer um filme levo em torno de 5 a 7 anos, daqui a 5 anos estarei próximo aos 80 e não sei se eu vou estar com a mesma saúde mental para assumir tanta responsabilidade e não dar trabalho aos outros.”

Mas, garante que continuará frequentando o estúdio enquanto puder dirigir e não vai deixar de fazer o que tem vontade. “Quero viver livremente sem atrapalhar a equipe.“ 

Hayao Miyazaki também é conhecido pelos nomes artísticos Saburou Akitsu e Tsutomu Teruki

Miyazaki nasceu em Akebono, subdistrito de Tóquio em 5 de Janeiro de 1941. Sua família fabricava lemes para aviões e sua paixão é retratada em seus desenhos onde há sempre um avião ou um automóvel flutuante.



Quando menino, passava o tempo livre desenhando, lendo livros e mangás de Osamu Tezuka e era um grande fã de Ginji Fukushima, autor das sua histórias em quadrinhos favorita “Sabakuno Dai Maou“ (O Diabo do Deserto).

Por causa da Segunda Guerra Mundial, sua família se mudou e só conseguiu voltar na década de 50. Essa experiência fez com que retratasse a dor de uma guerra em muitas de suas obras. 



Naquela época também sofreu porque sua mãe ficou de cama por nove anos por causa de tuberculose. Por isso, muitos críticos de cinema falam que Tonari no Totoro é uma autobibliografia do diretor.


Em Tonari no Totoro, a mãe das irmãs Satsuki e Mei pode ser uma referência à sua mãe

Seu interesse por animações surgiu depois de fazer parte de um clube de pesquisa de literatura infantil, quando assistiu várias curtas metragens como Hakuja Den. Apesar de ter se formado em Economia, fez um curso de três meses e começou a trabalhar na empresa Touei como técnico animador.

Alguns dizem que o bibliotecário e escritor Seya Tsukishima (pai de Shizuku) era baseado no próprio Miyazaki

Depois da Touei, trabalhou na A-Pro (onde conheceu seu futuro sócio) e em 1973 foi para a Zuiyo Pictures (produtora de animação Sekai Meisaki Gekijou), período em que viajou muito, inclusive para a Suíça durante a montagem de Heid, e depois para Argentina e Itália para fazer Haha o Sagashite Sanzenri. 



Miyazaki e Takahata (futuro sócio do Studio Ghibli) na década de 70 na A-Pro

Em 1976, dirigiu o anime Mirai Shounen Conan (Conan, o Menino do Futuro), fez uma versão de anime para crianças de Sherlock Holmes e em 1979 foi o diretor do filme de longa metragem Rupan Sansei (Lupin III). 

Primeiro anime dirigido pelo Miyazaki

Filme Lupin III

Sherlock Holmes

Miyazaki também fez o mangá Kaze no Tani no Naushika (Nausicaä of the Valley of the Wind) 

Foi depois do sucesso de Naushika que Miyazaki conseguiu abrir o próprio estúdio junto com seus colegas Isao Takahata (ex-diretor, hoje é animador do estúdio) e Toshio Suzuki (produtor e diretor).


Os fundadoers do Studio Ghibli: Hayao Miyazaki, Toshio Suzuki
e Isao Takahata


O Studio Ghibli ficou conhecido no mundo inteiro pelas animações produzidas com desenhos detalhistas feitos à mão, tecnologia e enredo. O que acabou em parcerias com a Disney, por exemplo: o personagem  Totoro aparece no filme Toy story 3.



Hoje, o estúdio também possui um museu-parque com cenários de alguns filmes.







Miyazaki teve dois filhos com Akemi Ota, um deles é o diretor de animação Goro Miyazaki.



Por  Akemi


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