A série Paper Mario tem um perfil diferente de outros jogos do Mario. Nela, a Nintendo mistura o RPG na estrutura plataforma. Não é a primeira vez que faz isso, mas Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars (para o Wii em 2008) não fez muito sucesso. Quando Paper Mario: Sticker Star foi lançado, quem gostava do estilo do jogo foi correndo comprar. Mas, valeu? Agora que dá para comprá-lo um pouco mais barato, ainda vale o preço?
Os dois primeiros games (Paper Mario de 2000 e Paper Mario: The Thousand Year Door de 2004) conseguiram fazer uma combinação quase perfeita entre RPG e plataforma com combates. Super Paper Mario (2007) acabou derrapando tirando a melhor parte do RPG, obrigando o jogador a tomar as decisões certas. Com Sticker Star, a Nintendo volta um pouco ao conceito dos primeiros jogos, mas com algo novo.
O jogo trabalha em cima de adesivos (stickers) que você vai encontrando e ganhando pelo caminho. Você cola um do formato de porta para abrir caminho, planta flores para adquirir poderes, enfim, sem eles você não consegue fazer nada no jogo.
O LEGAL:
A estrutura linear de Super Mario Paper (muito chata por sinal) foi substituída pelo tradicional mapa aberto de Mario. O jogador volta a poder escolher a fase que quer jogar.
O jogo foi lançado para o 3DS, aumentando a biblioteca do portátil.
A arte dos gráficos é bem bonita, tudo em cartolina, mantendo seu colorido tradicional.
Armas novas e recursos bem humorados aparecem para resolver problemas e eliminar os inimigos. Tem ventilador para espantar kumbas, lâmpada para ajudar no escuro, sapatos de salto alto para pisotear, etc. São representações realistas de objetos que mais tarde podem ser convertidos em adesivos.
Slots estão de volta, típicos dos jogos do Super Mario Bros.
O mundo é maior e mais acessível, assim o jogador vai ter muito o que explorar.
As soluções para determinadas situações pedem a criatividade do jogador, o que é característico dos jogos do Mario, mas um pouco mais explorados neste.
O NÃO TÃO LEGAL ASSIM:
Em Super Paper Mario, a narrativa era bem elaborada. O jogo todo fazia parte da estória que trazia novidades em termos de inimigos, obstáculos e quebra cabeças. Em Sticker Star, Bowser volta a ser o chato de galocha que estraga a festa e leva a Peach embora.
As características mais importantes do RPG foram praticamente eliminadas. Além do ataque e fuga, não há muito o que escolher para lidar com os inimigos em determinados momentos. Ao invés de tirarem o excesso do pseudo RPG de Super Paper Mario, a Nintendo escolheu um caminho mais radical.
Não há dicas. Uma das coisas mais interessantes de Super Paper Mario eram os diálogos e placas que davam pistas coerentes com a resolução dos problemas, mas em Sticker Mario, não há nada. Por isso, é bom se preparar para encalhar no jogo.
Exatamente pela ausëncia de dicas, o jogador acaba tendo que recorrer à tentativa e erro.
Sabe aquela coisa cansativa de Super Paper Mario de ir e voltar para o mesmo lugar só para pegar uma coisinha? Pois é, ficou um pouco pior porque agora você tem um mundo enorme para percorrer sem ter idéia de onde encontrar o que precisa.
A administração dos adesivos é trabalhosa. Ao invés de ter um sinal de multiplicação ao lado de adesivos repetidos, o jogador percorre 15 páginas a procura da arma ideal para usar.
As batalhas não dependem mais da sua habilidade e sim, somente dos adesivos que tiver. Como fugir é a única solução em determinadas situações, o desafio de acabar com os bosses é inexistente.
Particularmente achei Sticker Star mais cansativo do que divertido e quase desisti de terminar.
Por Tsu Matsubara
Por Tsu Matsubara
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