4 de mar. de 2014

O QUE PODERIA SER MELHOR EM DON'T STARVE



Don't Starve foi lançado há pouco tempo tempo para o PlayStation 4, mas já tem a versão para PC desde abril do ano passado. Desenvolvida pela independente canadense Klei entertainment (de Mark of the Ninja e Eets), é um jogo de sobrevivência na terceira pessoa que, se melhorado, pode se tornar um grande sucesso.

Personagens desbloqueáveis mais engraçados

Você controla Wilson e é jogado no meio do mato com uma única instrução: "Não morra de fome", mas que deveria incluir "Não morra no escuro" porque isso é uma das grandes frustrações para quem começa a jogar. O dia dura oito minutos divididos em três períodos: manhã, tarde e noite. Isso significa que você tem menos de 4 minutos para colher tudo que precisa para sobreviver um dia. Como você só tem a roupa do corpo, precisa fazer machado, picareta e se preparar para acender fogueiras para não ser comido durante a noite. Se você morrer, perde tudo e começa de novo, seguindo o estilo roguelike à risca.


Os recursos necessários para fazer os itens ficam na guia à esquerda. No canto superior direito há informações sobre a hora do dia, sanidade, fome e saúde

Os gráficos são a lá Tim Burton, o que é uma boa novidade. Já tem muito jogos com blocos 8 bit por aí. As criaturas esquisistas e engraçadas como pássaros de um olho só, monstros, mobs e bosses são bem engraçadas. A iluminação que passa do amarelo para o preto (verdadeiro breu) é uma das coisas legais do jogo. Dá para ver a diferença da luz no final da tarde com a da fogueira que acende durante a noite. Sombras, olhos brilhantes, áreas menos arborizadas acompanham muito bem a coerência das cores. Neste quesito e na sonoplastia o jogo é muito bom. Traz mesmo a sensação de estar sozinho no meio do nada.  

O Deerclops é um dos bosses

A urgência da noite estar chegando e sua vida estar acabando é emocionante. Se não cortar pinheiros para conseguir madeira, catar grama e galhos para fazer uma fogueira, algum bicho te pega e você nem sabe como morreu. O fato de ter poucas instruções e quase zero de tutorial dá uma satisfação muito grande em sobreviver os primeiros dias. Mas, com a experiência vem um pouco do tédio. Depois que você aprende que certos alimentos cozidos dão mais energia que os crus, tem a sua própria plantação e se equipou, vem a pergunta: e aí?

Tudo bem, construiu a sua vila, mas qual é o desafio agora?

E aí nada. O mundo e os mapas dão variedade, mas que não trazem continuidade. Seria interessante ter um objetivo ou propósito além da sobrevivência porque faz parte da recompensa de estar jogando por horas. Não querendo comparar, mas já comparando, no Minecraft você realmente constrói o seu mundo, o que já traz uma coisa diferente e interessante para fazer. O progresso em Don't Starve tem limite como em Animal Crossing. Chega uma hora você simplesmente pára de jogar.

É assim que você morre. Sem ver o que te matou. 

Há coisas muito divertidas no jogo como construir usando a ciência, mas que os desenvolvedores poderiam ampliar para engajar mais o jogador. As evidências da existência de outros povos na região, o portal para chegar até eles e as maneiras de interagir dão uma experiência bem diferente. Mas, o fato do criador Kevin Forbes ter confirmado que não incluirá um modo multiplayer ou co-op dá a impressão de que o jogo terá muito pouco a acrescentar. 




Por Tsu  Matsubara


2 comentários:

  1. Na verdade tem um modo campanha escondido no jogo e o objetivo é sobreviver passando o inverno...

    Além disto, há a parte de construção também, porém nesse quesito minecraft vai além mesmo, já que tem o modo co-op e você pode deixar sua marca no mundo...

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    1. Este do inverno é legal, mas no fim dá na mesma também. Na construção realmente não consegui fazer nada que dá para fazer no Minecraft. Acho que nesse ponto a Klei vai melhorar porque esta é a primeira versão ainda. Tomara.

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