Strider começou sua carreira nos arcades, em um grande (e difícil) jogo de ação lançado em 1989 (se sentiu velho, né?). Nos consoles, ganhou fama no saudoso Mega Drive.
De lá para cá, ganhou uma sequência e fez aparições em séries de luta da Capcom. Mas, felizmente depois de 15 longos anos, o personagem ganhou uma aventura a altura. Saiba tudo sobre o jogo da versão do Xbox One nos parágrafos abaixo.
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Strider dando um rolezinho na Amazônia (1990) |
Através das mãos da Double Helix (Killer Instinct), o novo Strider é um retorno e tanto. Controlamos mais uma vez Strider Hiryu, o mais antigo dos Striders, uma organização que combate o crime. O vilão deste vez é Meio, um lunático que, como você pode imaginar, quer o domínio do mundo. Opa, viu alguma "coincidência" aqui? Para quem jogou o primeiro Strider, a história nada mais é do que uma releitura do original.
O legal, porém, é que o enredo é apenas uma fachada para o que interessa: ação. Há pouca enrolação com cenas de história ou papo furado - o jogador já recebe a liberdade de jogar logo nos primeiros segundos na campanha. Um alívio em especial aos fãs de uma boa ação arcade.
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O cenário é a grande metrópole Kazakh. A exploração funciona de forma semelhante a Super Metroid ou Castlevania: Symphony of the Night, não linear e cheio de caminhos alternativos com itens escondidos. Strider ganha diferentes habilidades que destravarão salas secretas e portas antes inacessíveis. O ninja conta com kunais, 3 poderes mágicos e, claro, sua espada, que tem 4 variantes. Estas variantes são acessadas com o direcional digital e tem suas vantagens como repelir projéteis, congelar inimigos, entre outras. Elas também adicionam estratégia, pois certos inimigos só podem ser desarmados com ela. Com tudo isso em mente e a velocidade do personagem, deve ser difícil controlá-lo, não? Não. A jogabilidade é brilhante: as respostas são rápidas e o acesso aos movimentos é fácil.
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A duração do jogo depende mais de suas habilidades para encontrar todos os segredos. São upgrades que aumentam sua energia, quantidade de kunais e até roupas dos antigos Striders. Dá para fazer tudo isso em menos de 10 horas, o que particularmente considero um ótimo tamanho. O desafio "normal" não chega aos pés dos antigos, pois dá para encontrar itens de energia em várias partes do cenário e há diversas estações de checkpoint que recuperam toda a sua energia. Mas, há um modo "hard" para os saudosistas.
Na parte técnica, Strider é apenas competente. Não há nada visualmente impressionante, decepcionante em um jogo para Xbox One. Mas, tendo em vista o orçamento e a natureza 100% digital, além do fato de ter sido lançado também para PlayStation 3 e Xbox 360, passa.
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Finalizando, a Double Helix fez um excelente trabalho em modernizar Strider sem perder a essência da série. É um jogo de ação rápido e viciante. Vale lembrar que o jogo tem um preço bem acessível na Xbox Live do Brasil: R$29,00.
- O que gostei: jogabilidade; ação frenética; boas batalhas contra chefes.
- O que não gostei: gráficos poderiam ser um pouco melhores; todo bom jogo tem um fim.
- Curiosidade: em 2009, um reboot de Strider seria lançado pelas mãos da Grin, que produziu também o retorno de Bionic Commando. Devido a problemas financeiros que levaram a empresa a falência, o projeto foi cancelado.
Por Rodrigo Russano Dias
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