The Following da Fox teve uma espetacular primeira temporada (2013). O roteirista Kevin Williamson conseguiu usar a fórmula "policial persegue serial killier" com originalidade e fazer um programa interessante e de qualidade. A segunda temporada, entretanto, nada mais é do que o mesmo conflito com o mesmo herói e o mesmo vilão. Sem novidades e menos intrigante, a série cai no ranking de audiência.
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Nem as promos das temporadas são diferentes |
Para quem não conhece o programa, Kevin Bacon é um ex-agente do FBI chamado para auxiliar na busca do serial killier que prendeu nove anos antes. O fugitivo, interpretado pelo inglês James Purefoy (soberbo no papel de Marco Antonio da série Roma), é um professor de literatura, apaixonado por Edgar Allan Poe, que arrancava os olhos de suas vítimas antes de matá-las. Durante quase uma década, executa um plano minucioso de vingança e se transforma em líder de um culto.
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Esta cena é da primeira temporada. Ou é da segunda?! |
Os americanos gostam do tema (central também na série True Detective), as histórias mais aterrorizantes do país tiveram como protagonistas seguidores de cultos macabros que tinham como líderes verdadeiros psicopatas. Jim Jones, Applewhite e Charles Manson são exemplos do que a loucura coletiva é capaz de fazer. Assim é Joe Caroll, um homem inteligente, culto e arrogante que manipula os inseguros e carentes para se vingar de Ryan Hardy (Kevin Bacon). Cada seguidor era levado a cometer um assassinato que formava um capítulo do livro que Caroll começou a escrever na prisão. Doentio, bem elaborado e intenso como toda série policial deve ser.
O fim da temporada não foi excelente, mas foi muito bom. O bem prevaleceu como era de se imaginar, mas por um preço alto para Ryan que chegou a surpreender. O último episódio deu um final à série, uma conclusão. Por isso, foi desanimador quando a segunda temporada ressuscitou seu nêmesis.
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Agora Ryan tem uma sobrinha policial que o ajuda nas investigações |
A única coisa surpreendente nesta temporada foi que Ryan aparece equilibrado e em controle da sua vida. Parou de beber, vira professor e escreveu um livro sobre Caroll. Esquisito porque depois do que aconteceu com ele, esperava encontrá-lo mergulhado em um apartamento bagunçado cheio de garrafas de vodca vazias no chão. Mas, fora isso, é apenas uma repetição da primeira.
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Ah, esqueci que a cor dos cabelos de Emma também mudaram |
Uma milionária fanática chamada Lilly Gray, interpretada pela dinamarquesa Connie Nielsen do longa Gladiator, surge como nova vilã nos primeiros episódios. Ou seja, Ryan tem uma nova onda de seguidores sociopatas para prender, certo? Errado. A única função de Lilly era trazer Caroll de volta que, coitado, estava levando uma vida pacata ao lado de uma prostituta e sua filha. Não só descobre o lado sádico da enteada, como enfrenta o drama de "você me deixou, Joe" de Emma. Como se isso não bastasse, decide voltar à ativa buscando refúgio em outro culto, onde Jake Weber (da série Medium) interpreta o esteriótipo do líder espiritual com ideais de grandeza e trejeitos exagerados.
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O culto da hora tem rituais batidos |
O jogo de gato e rato entre Ryan e Caroll recomeça. É como se tivessem desenterrado a versão descartada da primeira temporada. Como disse no começo do post, mesmo conflito, mesmo herói e mesmo vilão. Os produtores precisam entender que o que teve fim deve realmente acabar para dar lugar ao novo.
Por Sofia Pietro
Por Sofia Pietro
"Doentil" foi de amargar. Tive que abandonar daí...
ResponderExcluirO q vc queria? Saudável, positivo, humano? kkk
ExcluirFoi mal, Anônimo! Escorreguei, rs
Excluirdoentio...
ResponderExcluirOlá Anônimo,
ExcluirTem razão, a ortografia estava incorreta. Já editamos o texto e agradecemos o toque, principalmente porque prezamos a qualidade de nossos posts e, acima de tudo, os comentários. Pedimos desculpas a todos pelo erro.
Que post mais sem propósito. Vocês queriam o que? Vão dizer que Friends ficou sempre na mesma também? Mesmos amigos, mesmo café, mesmo vai-e-vem de Ross e Rachel? E.R. Ficou sempre na mesma lá com os perrengues dos doentes? Isso é uma SÉRIE. E alguns conflitos, personagens permanecem até o fim. Só em Malhação troca tudo.
ResponderExcluirSabe o que é, Anônimo, Friends era uma comédia cujos conflitos eram secundários e ER foi um drama recorrente com personagens rotativos. Mas, o enredo de The Following foi completamente focado em Joe Caroll e Ryan. Carol "morreu" e devia ter continuado morto. Assim como True Detective que concluiu na primeira temporada e vai ter a segunda. Tá menos emocionante.
ExcluirRealmente está deixando a desejar essa temporada. O fundo poético e bem elaborado de drama deu lugar à suspense forçado e, muitas vezes, não costurado anterior ou posteriormente ao roteiro. Sei lá, ainda dou um voto de confiança que vai melhorar kkkkk
ResponderExcluirPois é, M. Barbosa, apesar de estar decepcionada com a segunda temporada, ainda continuo botando fé. Na verdade, comecei a assistir por causa do Kevin Bacon, por isso continuo aguardando como você. :)
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