Se fosse traduzido para o português, o nome do jogo seria "Pornografia de um Robô Bêbado" (ou coisa do gênero). A Dejobann merecia um prêmio só por pensar em um nome que combina palavras tão buscadas no Google sem apelar para a baixaria. Mas, não só de nome se faz um game e embora não corresponda à expectativa que o título cria, Drunken Robot Pornography não é nada mal.
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Só pela foto da equipe que está no site dá para ver porque seus jogos são tão loucos |
Não é a primeira vez que a independente de Boston bola um nome inusitado para seus jogos. Em 2009 desenvolveram AaaaaAAaaaAAAaaAAAAaAAAA!!! (tive que contar cada "a" para ver se estava certo) e mais recentemente Drop That Beat Like an Ugly Baby. Por que esse nome? Você controla Reuben Matsumoto que resolve dar consciência para seu robô bartender que recruta outros robôs que chama de Centerfolds (titãs) para dominar o mundo. Quanto à palavra pornografia, não faço idéia. Tem gente dizendo que é porque faz referências às preferências sexuais dos inimigos, mas acho que isso é forçar um pouco.
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Imagine esta cena em velocidade máxima com câmeras 3D |
Agora que o nome chamou a atenção, vem a hora de ver do que se trata o game. DRP é um FPS caótico, rápido e difícil. Impossível de jogar para quem sente enjôo e dores de cabeça (cinetose) em FPS convencionais. Os gráficos são bonitos, as arenas são futurísticas em desenho animado e os robôs são bem coloridos. Aliás, o jogo inteiro é muito, muito colorido. Dá até para pegar uma corzinha se ficar muito tempo na frente da tela.
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Grande parte das mortes vem de tiros por trás |
O ritmo é exageradamente acelerado. Nada no estilo compassado e coerente de Titanfall. Mas, o propósito é ser um shoot'em up do tipo Quake. O jogador precisa estar em constante movimento para não morrer, pulando de plataformas e tentando se equilibrar. Isso tudo enquanto atira e desvia de uma série de inimigos, e pega os power-ups antes que sumam de vista. Quando você se dá conta, está apertando todos os botões sem ter muito controle do que está fazendo. Daí vem a dificuldade que, na maioria dos estágios, tem mais a ver com repetição de tentativa e erro do que outra coisa.
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O workshop dá bastante espaço para a criatividade |
Mas, não deixa de ser divertido. O foco em luta com bosses em arenas é bem interessante e sai do lugar comum de ter que enfrentar milhões de minions, que podem ser minas, drones, serpentes robóticas e outra coisas loucas do gênero, só para matar o boss facilmente. O direto e reto do jogo faz dele uma boa opção para quando se tem pouco tempo ou a vontade é de algo mais rápido. O progresso também dá uma sensação de satisfação, a cada estágio os titãs vão ficando cada vez maiores e mais resistentes. Depois de destruir um boss, é liberada a customização de seu próprio robô e arenas que podem ser compartilhados no mode competição.
DRP também é engraçado (não como o título), você pega martinis, gotas de álcool e outras coisas para se manter "bêbado" e sair atirando. As mensagens de voz deixada pelo robô e as conversas de Reuben e seu jetsuit durante o jogo rendem gargalhadas que valem o jogo.
Por Tsu Matsubara
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