13 de nov. de 2013

ENTENDA POR QUE A CRUZ VERMELHA QUER QUE JOGADORES SEJAM PUNIDOS NOS VIDEO GAMES



Depois dos noticiários de que a Cruz Vermelha quer que as leis de guerra sejam aplicados em certos jogos, a comunidade gamer entrou em alvoroço. A intenção da organização está sendo mal interpretada dando espaço para revoltas desnecessárias. É importante enteder por que e em quais jogos a pressão para punições está aumentando.


Em primeiro lugar, ao contrário do que a maioria está entendendo, a ICRC (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) quer que as produtoras incluam punições somente nos simuladores de guerra realistas, como os das séries Call of Duty e Battlelfied. Jogos fantasiosos, futurísticos e mitológicos mesmo contendo batalhas, não são seus alvos. Portanto, os fãs de Assassin's Creed, Halo, God of War e GTA não precisam se preocupar. 

Estes jogos não vão mudar

Aliás, a intenção da organização não é atacar, mas formar parcerias com as grandes produtoras. Também não é contra a violência gráfica. O que desejam é que jogadores que cometam crimes de guerra ou violem os direitos humanos sejam punidos e não premiados. Se as produtoras forem obrigadas a cederem às pressões, você que sai atirando e matando civis e inocentes de propósito, prepare-se porque alguma coisa vai perder.





A organização deixou isso bem claro na declaração do seu site:

"Nossa intenção não é estragar a diversão do jogador fazendo, por exemplo, interrupções com pop-ups de legislações ou lições de moral sobre coflitos armados. Nós gostaríamos de ver as leis dos conflitos armados integrados nos jogos para que os jogadores tenham uma experiência realista lidando diretamente com os dilemas que os combatentes enfrentam nos campos de batalha na vida real." 


Não criemos pânico

A preocupação da Cruz Vermelha é na percepção de que é aceitável torturar e matar quem não é inimigo por puro prazer. Atirar nos feridos e atacar ambulâncias e equipes de resgate são violações sérias que não devem ser recompensadas com pontos, bônus e experiência, diz. Querem que os jogadores aprendam a respeitar os direitos humanos com punições tão realistas quanto a dos treinos, batalhas e violência presentes nos video games. 


Sem matança dos inocentes

A reação do público ficou bem dividida. Alguns acharam válidos os argumentos sugerindo a aplicação de penalidades como diminuição da barra de energia, munição e pontos. O que seria interessante já que traria uma novidade na jogabilidade, elevando a dificuldade sem prejudicar a diversão. Outros não concordam com a idéia porque acham que os jogos são escapes da realidade. 

De qualquer forma, ninguém pode dizer que não há coerência no que a Cruz Vermelha está pedindo. Quem escolhe um simulador desse gênero quer se sentir dentro do campo de batalha e nada mais realista do que a aplicação das regras de combate. As punições não precisam ser graves como ter que parar os jogo e ser preso para responder criminalmente pelas violações, basta que existam mesmo de forma leve. 


Por Tsu  Matsubara


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