Inteligência Artificial não é mais uma idéia, é realidade. Ainda não chegamos onde desejamos, mas o céu é o limite. A nova série da Fox, Almost Human, do mesmo criador de Fringe (J.H. Wyman), nos coloca num futuro não tão distante, nos fazendo refletir se é isso mesmo que queremos.
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Michael Ealy e Karl Urban (o Mc Coy de Star Trek) |
Recentemente a lol etc fez um podcast sobre AI , onde foram discutidas as vantagens e potenciais complicações de um mundo totalmente dependente dessa tecnologia. O filme Her (2013) com Joaquin Phoenix gira em torno da possibilidade de uma relação amorosa entre um humano e uma AI. Séries como Intelligence e Almost Human que tratam do assunto de formas diferentes estão cada vez mais em evidência.
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Intelligence com Josh Holoway (Lost) foi cancelada apesar da boa idéia |
Almost Human se passa em 2048 em uma cidade fictícia onde tudo é digital, até o post it. O protagonista principal faz um gesto com a mão e aparecem post its em paredes e janelas. Achei o máximo. Crimes cibernéticos estão fora de controle e a violência cada vez maior. Por isso, cada policial é obrigado por lei a ter um parceiro robô, na série chamados de Sintéticos. São computadores que simulam os humanos, que atiram, desarmam bombas, saem na frente do tiroteio e analisam a cena do crime.
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Aparentemente o legista cairá em desuso |
Kennex (Karl Urban) é um detetive humano atormentado (requisito para qualquer personagem de drama policiai) que se recusa a trabalhar com um sintético até que Dorian vira seu parceiro. Diferente dos robôs mais modernos, Dorian (vivido por Michael Ealy) tem sentimentos. Sorri, se preocupa, é caloroso e sente empatia.
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Os Sintéticos modernos não são anatomicamente realistas, mas Dorian é |
Eu sei, parece impossível. Mas, J.H. Wyman faz o mesmo que fez com Fringe. Pega a tendência das pessoas de acreditar e imaginar e transporta para a TV de uma forma divertida e até plausível. Imaginem um Michael Crichton que tem apenas 40 minutos por semana para vender a sua idéia.
Além de levantar a questão da possibilidade de ensinar uma AI a sentir e ser criativo, mostra que alguns seres humanos são mais "sintéticos". A grande sacada da série é questionar a utilidade da nossa limitação e estupidez. Isso dentro de uma fórmula batida (que no final funciona) de série policial não linear.
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O detetive Richard Paul (Michael Irby) e o esteriótipo de ser humano preconceituoso, limitado e arrogante |
Boatos são que não será confirmada para a segunda temporada, mas acho complicado tentar prever isso. A Fox costuma apostar mais tempo em um programa, dando uma chance para "pegar no tranco", o criador carrega um peso grande no meio e por se tratar de assunto que dá muito pano para manga, pode ser explorado de várias formas. O jeito é esperar e torcer porque é irritante começar a acompanhar uma série só para ser abandonada de repente.
Por Sofia Pietro
Por Sofia Pietro
Não consigo imaginar como seria a minha vida se eu tivesse um hubot, mas basta imaginar a verdade me assusta. O serie Real Humans> não é fácil; mas talvez ele vai ser ao vivo e em poucos anos.
ResponderExcluirO seriado tem um mote excelente e a partir do 4 episódio, quando as coisas realmente decolam fica de tirar o folêgo! Real humans A fotografia é belíssima e as ousadias na trama tbm! recomendo, estou novamente feliz com o que o MAX tem trazido!
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