26 de fev. de 2014

ALMOST HUMAN SERÁ O PRÓXIMO FRINGE?




Inteligência Artificial não é mais uma idéia, é realidade. Ainda não chegamos onde desejamos, mas o céu é o limite. A nova série da Fox, Almost Human, do mesmo criador de Fringe (J.H. Wyman), nos coloca num futuro não tão distante, nos fazendo refletir se é isso mesmo que queremos.

Michael Ealy e Karl Urban (o Mc Coy de Star Trek)

Recentemente a lol etc fez um podcast sobre AI , onde foram discutidas as vantagens e potenciais complicações de um mundo totalmente dependente dessa tecnologia. O filme Her (2013) com Joaquin Phoenix gira em torno da possibilidade de uma relação amorosa entre um humano e uma AI. Séries como Intelligence e Almost Human que tratam do assunto de formas diferentes estão cada vez mais em evidência.

Intelligence com Josh Holoway (Lost) foi cancelada apesar da boa idéia

Almost Human se passa em 2048 em uma cidade fictícia onde tudo é digital, até o post it. O protagonista principal faz um gesto com a mão e aparecem post its em paredes e janelas. Achei o máximo. Crimes cibernéticos estão fora de controle e a violência cada vez maior. Por isso, cada policial é obrigado por lei a ter um parceiro robô, na série chamados de Sintéticos. São computadores que simulam os humanos, que atiram, desarmam bombas, saem na frente do tiroteio e analisam a cena do crime. 

Aparentemente o legista cairá em desuso

Kennex (Karl Urban) é um detetive humano atormentado (requisito para qualquer personagem de drama policiai) que se recusa a trabalhar com um sintético até que Dorian vira seu parceiro. Diferente dos robôs mais modernos, Dorian (vivido por Michael Ealy) tem sentimentos. Sorri, se preocupa, é caloroso e sente empatia. 


Os Sintéticos modernos não são anatomicamente realistas, mas Dorian é

Eu sei, parece impossível. Mas, J.H. Wyman faz o mesmo que fez com Fringe. Pega a tendência das pessoas de acreditar e imaginar e transporta para a TV de uma forma divertida e até plausível. Imaginem um Michael Crichton que tem apenas 40 minutos por semana para vender a sua idéia. 

Além de levantar a questão da possibilidade de ensinar uma AI a sentir e ser criativo, mostra que alguns seres humanos são mais "sintéticos". A grande sacada da série é questionar a utilidade da nossa limitação e estupidez. Isso dentro de uma fórmula batida (que no final funciona) de série policial não linear. 

O detetive Richard Paul (Michael Irby) e o esteriótipo de ser humano preconceituoso, limitado e arrogante

Boatos são que não será confirmada para a segunda temporada, mas acho complicado tentar prever isso. A Fox costuma apostar mais tempo em um programa, dando uma chance para "pegar no tranco", o criador carrega um peso grande no meio e por se tratar de assunto que dá muito pano para manga, pode ser explorado de várias formas. O jeito é esperar e torcer porque é irritante começar a acompanhar uma série só para ser abandonada de repente. 


Por  Sofia Pietro


2 comentários:

  1. Não consigo imaginar como seria a minha vida se eu tivesse um hubot, mas basta imaginar a verdade me assusta. O serie Real Humans> não é fácil; mas talvez ele vai ser ao vivo e em poucos anos.

    ResponderExcluir
  2. O seriado tem um mote excelente e a partir do 4 episódio, quando as coisas realmente decolam fica de tirar o folêgo! Real humans A fotografia é belíssima e as ousadias na trama tbm! recomendo, estou novamente feliz com o que o MAX tem trazido!

    ResponderExcluir