7 de abr. de 2014

TUDO QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE REMEMBER ME



É impossível não comparar jogos do mesmo gênero e se não fosse por isso, Remember Me seria um ótimo investimento. Dificilmente compro um game no lançamento (junho de 2013), normalmente aguardo as opiniões de quem teve a oportunidade de experimentá-lo. Ainda bem, porque no mês passado passou a fazer parte do Instant Game Collection do PlayStation Plus, permitindo que eu o avaliasse, constatando que é caro demais para a experiência que oferece.

Informações Gerais

Desenvolvedora: Dontnod Entertainment (francesa)
Produtora: Capcom
Plataformas: PlayStation 3, Xbox 360 e Windows
Gênero: Aventura e Ação
Single Player, terceira pessoa, em inglês com legendas em Português e recomendado para maiores de 17 anos.


Enredo

Programa da Memorize que se propõe a compartilhar memórias boas e apagar as ruins

A estória se passa em uma versão de Paris de 2084, onde uma corporação (The Memorize) mantém a faixada de eternizar e dividir as melhores lembranças de seus clientes, enquanto as rouba e manipula. As vítimas acabam como zumbis ou são executadas. A protagonista principal é Nilin que faz parte de um grupo rebelde (Memory Hunters) que tem o objetivo de destruir a empresa. O jogo começa com Nilin prestes a ser executada depois de ter a memória apagada, que vai sendo recuperada conforme o jogo avança.


Gráficos


Utiliza o mecanismo Unreal Engine 3, o mesmo de alguns títulos de Alien (Breed, Fear, Rage), Boderlands 2 e Dishonored. Remember Me é bonito, com iluminação, sombras e detalhes que utilizam a mecânica em seu total potencial, mas cujos gráficos são inferiores aos jogos como Tomb Raider que utilizam a Crystal Engine.


Jogabilidade

Alguns dos inimigos são criaturas cujas memórias foram apagadas

O jogador começa com poucos movimentos. Seguindo a lógica de que os golpes e ataques de Nilin vão sendo desbloqueados conforme recupera a memória. Os pontos e missões liberam Pressens que permitem customizar, até certo ponto, combos de ataques, defesa e recuperação de energia. Para isso, o jogador precisa entrar no Laboratório, que quebra um pouco o ritmo do jogo, mas traz algo de novo. 

Menu do Laboratório

Os movimentos básicos são parecidos com os de Assassin's Creed, pular, escalar, correr usando um botão e o analógico ou apenas um deles. A combinação de ataques é uma sequência de botões pré-determinada no Laboratório. Fora isso há golpes especiais que exigem um nível mais alto de energia para serem realizados. Mas, uma vez ativados, os inimigos são facilmente derrotados. 

Ao voltar no tempo, escolhas modificáveis são destacadas

Uma das coisas interessantes do gameplay é a manipulação da memória que se dá pelo retrocesso e identificação de pontos chaves que podem mudar a sequência de eventos. Uma pena que o jogador tem pouca liberdade e não consegue completar a missão a não ser por um caminho. 


Remember Me segue uma sequência equilibrada entre combates e quebra-cabeças. A exploração poderia ter sido mais desenvolvida, já que o mundo tem muitos mecanismos interessantes como elevadores, guindastes, pontes móveis, etc. É um tanto decepcionante perceber que não é possível interagir com certos objetos e NPCs. Itens coletados durante o jogo dão pontos, upgrades e troféus, mas nada de novo na jogabilidade.


Embora a quantidade de missões seja, para o tempo de jogo (cerca de 10 horas na estória principal), relativamente grande, a qualidade deixa a desejar. O fato de só haver uma maneira de completar a missão e apenas um caminho a seguir, tira a diversão que se espera dos jogos atuais do gênero. 


Conclusão

A expectativa que se criou ao redor de Remember Me e a comparação com Tomb Raider e Assassin's Creed, faz com que seja muito caro (R$ 199) para a experiência que proporciona. Mesmo de graça, o peso do download (quase 7GB) e o tempo de instalação acabaram não compensando. 


Por Tsu  Matsubara


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