É impossível não comparar jogos do mesmo gênero e se não fosse por isso, Remember Me seria um ótimo investimento. Dificilmente compro um game no lançamento (junho de 2013), normalmente aguardo as opiniões de quem teve a oportunidade de experimentá-lo. Ainda bem, porque no mês passado passou a fazer parte do Instant Game Collection do PlayStation Plus, permitindo que eu o avaliasse, constatando que é caro demais para a experiência que oferece.
Informações Gerais
Desenvolvedora: Dontnod Entertainment (francesa)
Produtora: Capcom
Plataformas: PlayStation 3, Xbox 360 e Windows
Gênero: Aventura e Ação
Single Player, terceira pessoa, em inglês com legendas em Português e recomendado para maiores de 17 anos.
Enredo
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Programa da Memorize que se propõe a compartilhar memórias boas e apagar as ruins |
A estória se passa em uma versão de Paris de 2084, onde uma corporação (The Memorize) mantém a faixada de eternizar e dividir as melhores lembranças de seus clientes, enquanto as rouba e manipula. As vítimas acabam como zumbis ou são executadas. A protagonista principal é Nilin que faz parte de um grupo rebelde (Memory Hunters) que tem o objetivo de destruir a empresa. O jogo começa com Nilin prestes a ser executada depois de ter a memória apagada, que vai sendo recuperada conforme o jogo avança.
Gráficos
Utiliza o mecanismo Unreal Engine 3, o mesmo de alguns títulos de Alien (Breed, Fear, Rage), Boderlands 2 e Dishonored. Remember Me é bonito, com iluminação, sombras e detalhes que utilizam a mecânica em seu total potencial, mas cujos gráficos são inferiores aos jogos como Tomb Raider que utilizam a Crystal Engine.
Jogabilidade
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Alguns dos inimigos são criaturas cujas memórias foram apagadas |
O jogador começa com poucos movimentos. Seguindo a lógica de que os golpes e ataques de Nilin vão sendo desbloqueados conforme recupera a memória. Os pontos e missões liberam Pressens que permitem customizar, até certo ponto, combos de ataques, defesa e recuperação de energia. Para isso, o jogador precisa entrar no Laboratório, que quebra um pouco o ritmo do jogo, mas traz algo de novo.
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Menu do Laboratório |
Os movimentos básicos são parecidos com os de Assassin's Creed, pular, escalar, correr usando um botão e o analógico ou apenas um deles. A combinação de ataques é uma sequência de botões pré-determinada no Laboratório. Fora isso há golpes especiais que exigem um nível mais alto de energia para serem realizados. Mas, uma vez ativados, os inimigos são facilmente derrotados.
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Ao voltar no tempo, escolhas modificáveis são destacadas |
Uma das coisas interessantes do gameplay é a manipulação da memória que se dá pelo retrocesso e identificação de pontos chaves que podem mudar a sequência de eventos. Uma pena que o jogador tem pouca liberdade e não consegue completar a missão a não ser por um caminho.
Remember Me segue uma sequência equilibrada entre combates e quebra-cabeças. A exploração poderia ter sido mais desenvolvida, já que o mundo tem muitos mecanismos interessantes como elevadores, guindastes, pontes móveis, etc. É um tanto decepcionante perceber que não é possível interagir com certos objetos e NPCs. Itens coletados durante o jogo dão pontos, upgrades e troféus, mas nada de novo na jogabilidade.
Embora a quantidade de missões seja, para o tempo de jogo (cerca de 10 horas na estória principal), relativamente grande, a qualidade deixa a desejar. O fato de só haver uma maneira de completar a missão e apenas um caminho a seguir, tira a diversão que se espera dos jogos atuais do gênero.
Conclusão
A expectativa que se criou ao redor de Remember Me e a comparação com Tomb Raider e Assassin's Creed, faz com que seja muito caro (R$ 199) para a experiência que proporciona. Mesmo de graça, o peso do download (quase 7GB) e o tempo de instalação acabaram não compensando.
Por Tsu Matsubara
Por Tsu Matsubara
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