Quando Brothers: A Tale of Two Sons foi lançado, não achava que fosse gostar do jogo, o perfil da 505 Games é de franquias voltadas ao público infantil (Cooking Mamma e Discovery Kids) e a demo é desinteressante. Estava errada. Mal sabia eu que teria uma experiência surpreendende, agradável, e gratificante.
Enredo
![]() |
O irmão mais novo carrega a culpa de não ter conseguido salvar a mãe |
Trata-se da aventura de dois irmãos, órfãos de mãe, que saem à busca da água da Árvore da Vida para salvar o pai de uma doença grave. A estória se passa em um vilarejo nas montanhas em um passado distante, onde se fala uma língua desconhecida. O que menos importa, no entanto, é o que se diz. Tudo o que o jogador precisa saber está nas imagens e nos gestos dos personagens Naiee que faz molecagens e é mal criado, e Nyaa que é responsável e protetor.
Gameplay
![]() |
Na asa delta é importante saber fazer as curvas usando o peso dos irmãos |
O jogo inteiro funciona pelo instinto e coordenação motora. Cada irmão é controlado por um analógico e interage com os objetos e personagens por meio dos botões R2 e L2. O R1 e o L1 servem para mudar o ângulo da câmera. Esqueça o resto dos botões. O que vai contar como habilidade é saber coordenar os movimentos dos dois em alternância ou simultaneamente. Por exemplo, girar manivelas, impulsionar alavancas, escalar e nadar podem ser verdadeiros desafios para sincronizar e realizar a tarefa com êxito. Seria como um cooperativo entre a sua mão direita e a esquerda.
![]() |
Alguns gigantes são amigos e te ajudam |
Não há tutoriais, por isso cabe ao jogador deduzir o que deve ser feito com o que é apresentado nos cenários. No início, tudo é questão de tempo e paciência, mas depois é necessário dominar os movimentos para não morrer mordido por um lobo, caído no precipício ou pisoteado por um gigante. A morte de um irmão é a morte dos dois e a fase é reiniciada. Simples assim. No geral, acontece mais por não sabermos o que fazer do que por falta de habilidade. Quanto melhor for a sua intuição e senso de lógica, menos contará com a tentativa e erro.
![]() |
Para manter a ponte baixada, achei que precisaria do peso das ovelhas. Mas, não era bem isso |
O jogo é um conjunto de problemas que o jogador terá que resolver usando o raciocínio. Embora haja alguma liberdade (bem pouca para falar a verdade) para explorar, não há outro caminho que dê a Roma, ou seja, só existe uma maneira de atingir um objetivo. Quando o jogador chega a um impasse, Nyaa mostra o caminho apontando, gritando com o irmão e grunindo (o que às vezes é um tanto irritante).
![]() |
Cada irmão tem uma habilidade, Nyaa é mais forte, dá impulso e opera manivelas mais pesadas. Naiee é pequeno e consegue passar por frestas estreitas. |
Reitero que a coordenação motora é essencial para avançar, principalmente quando os irmãos estão presos à uma corda, escalam em compasso ou remam. Lembrei-me da brincadeira de bater a mão direita na cabeça enquanto a mão esquerda faz movimentos circulares na barriga. Duas ações individualmente simples, mas nem tanto em conjunto.
Conclusão
![]() |
Um dos desafios mais engraçados do jogo |
Assim como Trine 2 e Journey, Brothers: A Tale of Two Sons é uma bela fábula que prende a atenção e emociona pelos gráficos, enredo e jogabilidade. Não é um jogo ao qual retornamos com frequëncia, se e quando retornamos. Mas, atende perfeitamente ao propósito para o qual foi criado, o de contar uma estória através de um video game de uma forma sensível e tocante. A Starbreeze Studios consegue fazer isso com perfeito equilíbrio entre a narração e a jogabilidade.
Por Tsu Matsubara
Por Tsu Matsubara
O game parece bem feito e muito bonito.
ResponderExcluirE é. Uma das coisas que gostei mais foi o fato de não ser narrado como o Trine. Até nos jogos uma imagem vale mais do que mil palavras.
ExcluirEu tenho ele é um jogo muito bom, bem poetico senti a mesma coisa ao jogar ICO e shadow os the colossus... Acho muito bom jogos assim com um teor artistico fora do normal nota 10
ResponderExcluir