31 de mar. de 2014

SE VOCÊ GOSTOU DE TRINE 2, VAI ADORAR BROTHERS: A TALE OF TWO SONS



Quando Brothers: A Tale of Two Sons foi lançado, não achava que fosse gostar do jogo, o perfil da 505 Games é de franquias voltadas ao público infantil (Cooking Mamma e Discovery Kids) e a demo é desinteressante. Estava errada. Mal sabia eu que teria uma experiência surpreendende, agradável, e gratificante.

Enredo

O irmão mais novo carrega a culpa de não ter conseguido salvar a mãe

Trata-se da aventura de dois irmãos, órfãos de mãe, que saem à busca da água da Árvore da Vida para salvar o pai de uma doença grave. A estória se passa em um vilarejo nas montanhas em um passado distante, onde se fala uma língua desconhecida. O que menos importa, no entanto, é o que se diz. Tudo o que o jogador precisa saber está nas imagens e nos gestos dos personagens Naiee que faz molecagens e é mal criado, e Nyaa que é responsável e protetor. 


Gameplay

Na asa delta é importante saber fazer as curvas usando o peso dos irmãos

O jogo inteiro funciona pelo instinto e coordenação motora. Cada irmão é controlado por um analógico e interage com os objetos e personagens por meio dos botões R2 e L2. O R1 e o L1 servem para mudar o ângulo da câmera. Esqueça o resto dos botões. O que vai contar como habilidade é saber coordenar os movimentos dos dois em alternância ou simultaneamente. Por exemplo, girar manivelas, impulsionar alavancas, escalar e nadar podem ser verdadeiros desafios para sincronizar e realizar a tarefa com êxito. Seria como um cooperativo entre a sua mão direita e a esquerda. 

Alguns gigantes são amigos e te ajudam

Não há tutoriais, por isso cabe ao jogador deduzir o que deve ser feito com o que é apresentado nos cenários. No início, tudo é questão de tempo e paciência, mas depois é necessário dominar os movimentos para não morrer mordido por um lobo, caído no precipício ou pisoteado por um gigante. A morte de um irmão é a morte dos dois e a fase é reiniciada. Simples assim. No geral, acontece mais por não sabermos o que fazer do que por falta de habilidade. Quanto melhor for a sua intuição e senso de lógica, menos contará com a tentativa e erro. 

Para manter a ponte baixada, achei que precisaria do peso das ovelhas. Mas, não era bem isso

O jogo é um conjunto de problemas que o jogador terá que resolver usando o raciocínio. Embora haja alguma liberdade (bem pouca para falar a verdade) para explorar, não há outro caminho que dê a Roma, ou seja, só existe uma maneira de atingir um objetivo. Quando o jogador chega a um impasse, Nyaa mostra o caminho apontando, gritando com o irmão e grunindo (o que às vezes é um tanto irritante). 

Cada irmão tem uma habilidade, Nyaa é mais forte, dá impulso e opera manivelas mais pesadas. Naiee é pequeno e consegue passar por frestas estreitas.

Reitero que a coordenação motora é essencial para avançar, principalmente quando os irmãos estão presos à uma corda, escalam em compasso ou remam. Lembrei-me da brincadeira de bater a mão direita na cabeça enquanto a mão esquerda faz movimentos circulares na barriga. Duas ações individualmente simples, mas nem tanto em conjunto. 


Conclusão

Um dos desafios mais engraçados do jogo

Assim como Trine 2 e Journey, Brothers: A Tale of Two Sons é uma bela fábula que prende a atenção e emociona pelos gráficos, enredo e jogabilidade. Não é um jogo ao qual retornamos com frequëncia, se e quando retornamos. Mas, atende perfeitamente ao propósito para o qual foi criado, o de contar uma estória através de um video game de uma forma sensível e tocante. A Starbreeze Studios consegue fazer isso com perfeito equilíbrio entre a narração e a jogabilidade. 


Por Tsu  Matsubara


3 comentários:

  1. O game parece bem feito e muito bonito.

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    1. E é. Uma das coisas que gostei mais foi o fato de não ser narrado como o Trine. Até nos jogos uma imagem vale mais do que mil palavras.

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  2. Eu tenho ele é um jogo muito bom, bem poetico senti a mesma coisa ao jogar ICO e shadow os the colossus... Acho muito bom jogos assim com um teor artistico fora do normal nota 10

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